Entre os dias 10 e 11 de junho, Belém (PA) se tornou palco de uma discussão estratégica para o futuro ambiental e da bioeconomia da região: uma edição especial do Fórum Paraense de Mudanças e Adaptação Climáticas (FPMAC), realizada pelo Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas).
O encontro, com participação gratuita e inscrições no local (limitadas à capacidade do espaço), traz temas centrais como o novo Programa Pará Sem Fogo, as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) do Brasil e os avanços da bioeconomia na Amazônia.
Criado em 2019, o FPMAC é um espaço de diálogo coletivo, onde representantes do poder público, setor produtivo, universidades, comunidades tradicionais e a sociedade civil se reúnem para discutir e acompanhar as políticas estaduais de enfrentamento às mudanças climáticas.
Nesta edição, um dos destaques foi a apresentação oficial do Pará Sem Fogo, feita pelo secretário Raul Protázio Romão. O programa, lançado recentemente no Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), é uma iniciativa estadual de prevenção e combate a incêndios florestais. A proposta aposta em ações coordenadas entre diversos órgãos e setores para reduzir focos de calor e proteger os ecossistemas paraenses, frequentemente ameaçados pelas queimadas ilegais.
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Outro momento de relevância foi a exposição das NDCs brasileiras, as metas nacionais de redução de emissões de gases de efeito estufa, feita por Brenda Maradei, representante do Comitê COP30 do Pará. A fala reforçou o papel do Brasil nos compromissos internacionais ligados ao Acordo de Paris, especialmente em um momento em que Belém se prepara para sediar a COP30, em 2025.
A bioeconomia, considerada uma das grandes apostas para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, também teve espaço na programação. Camille Bemerguy, secretária adjunta de Bioeconomia da Semas, apresentou duas iniciativas fundamentais: a Plataforma de Monitoramento do Plano Estadual de Bioeconomia e o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia.
Ambas buscam fortalecer cadeias produtivas sustentáveis, gerar renda de forma inclusiva e valorizar os saberes tradicionais, conectando inovação, conservação e desenvolvimento social.
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