Um estudo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) se tornou referência mundial na área de preservação e fertilização do solo. Ao apresentar uma solução para a fertilização e preservação do solo.
A pesquisa é conduzida há mais de 25 anos pelo professor Eduardo Fávero Caires, que desenvolveu um método para calcular a aplicação ideal de gesso agrícola, promovendo maior absorção de água, melhor enraizamento e aumento da produtividade em sistemas de plantio direto.
O modelo, já utilizado por produtores e empresas de agricultura de precisão em várias regiões do Brasil, foi publicado em 2018 e se tornou referência técnica para correção da acidez do solo sem revolvimento, prática fundamental para preservar a estrutura e saúde do solo.
“O plantio direto nasceu na nossa região e é hoje predominante no Brasil, onde não há revolvimento do solo”, afirma Caires, que coordena o Laboratório de Fertilidade do Solo da UEPG e também atua na pós-graduação em Agronomia e Computação Aplicada.
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Equação para aplicação de gesso
O diferencial do método está na criação de uma equação inédita, desenvolvida a partir de algoritmos e dados acumulados ao longo de décadas de pesquisa. A fórmula permite calcular doses específicas de gesso agrícola, adequadas às necessidades de diferentes solos.
“O gesso contém cálcio, que facilita o desenvolvimento do sistema radicular das plantas e melhora a absorção de nutrientes”, explica o professor. Segundo ele, antes do estudo, havia uma lacuna científica sobre como calcular corretamente a aplicação do gesso para esse tipo de cultivo.
Graças à relevância da pesquisa em agricultura de precisão, o docente ocupa a 53ª posição no Ranking of Best Scientists in the field of Plant Science and Agronomy, que reconhece os pesquisadores mais influentes da área.
