Sustentabilidade

Greentech brasileira cria bioplástico compostável em 6 meses

ERT Bioplásticos desenvolve resina de cana-de-açúcar que se decompõe sem deixar resíduos

A imagem representa bioplástico que vira adubo em 180 dias
Foto: Divulgação/ERT Bioplásticos

A ERT Bioplásticos, greentech brasileira, desenvolveu um bioplástico 100% compostável capaz de se transformar em adubo em até 180 dias. A resina, produzida a partir de poliácido lático (PLA) obtido da cana-de-açúcar, oferece alternativa sustentável para embalagens e utensílios descartáveis.

Com fábricas em Curitiba (PR) e Manaus (AM), a ERT quer encurtar cadeias de fornecimento, fortalecer a indústria nacional e diversificar as alternativas para o mercado.

“O plástico convencional cumpre papel importante em várias cadeias produtivas. Mas acreditamos que há espaço para inovação e diferentes soluções, cada uma adequada ao seu contexto. Defendemos a criação de materiais pensados desde o início para terem um ciclo de vida completo, especialmente quando falamos de itens de uso único, e o bioplástico compostável é a solução adotada mundialmente neste caso”, afirma Kim Fabri, CEO da empresa.

Criada a partir de tecnologia da Universidade de Clemson (EUA) e refinada para uso industrial, a solução se decompõe em composteiras domésticas ou industriais, sem gerar resíduos tóxicos ou microplásticos. A empresa também possui certificações que comprovam o gabarito de sustentabilidade, sendo certificada pelo TUV Austria, importante órgão do setor.

Além disso, a ERT Bioplásticos acompanha avanços regulatórios na América Latina, onde países como Colômbia, Chile e Peru já criam leis para reduzir plásticos convencionais, abrindo espaço para materiais compostáveis.

Segundo Gabriela Gugelmin, diretora de estratégia e sustentabilidade, o bioplástico compostável é ideal para sacolas, copos e talheres descartáveis — produtos que raramente são reciclados. “É uma solução prática e responsável para itens que raramente são reciclados e, na maioria das vezes, acabam descartados de forma inadequada”, diz.