
O Mato Grosso do Sul publicou, hoje (17), a Resolução nº 20/2025, que habilita oficialmente o Estado a captar pagamentos por resultados de REDD+ no bioma Cerrado. Com a aprovação da Comissão Nacional para REDD+ (CONAREDD+), o governo do estado preprara um novo edital que de impulsionar o mercado de carbono estadual e incentivo a economia verde.
Agora, a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) passa a ser responsável pela captação, certificação e comercialização dos créditos de carbono vinculados ao mecanismo internacional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal, ligado à Convenção da ONU sobre Mudança do Clima (UNFCCC).
Na prática, a decisão abre a porta para a entrada de recursos internacionais destinados à conservação florestal e ao combate às emissões de dióxido de carbono.
Durante a COP30, em Belém (PA), o governador Eduardo Riedel anunciou para janeiro de 2026 o lançamento de um edital de Chamamento Público para seleção de propostas relacionadas ao desenvolvimento, monitoramento, verificação e comercialização de créditos de carbono no âmbito do REDD+ Cerrado.
O novo edital, que será conduzido pela Semadesc em 2026, será parte do esforço do poder estadual para estruturar o mercado de carbono com base em segurança jurídica, governança técnica e participação de especialistas e parceiros do setor.
Na submissão ao novo edital do CONAREDD+, o Mato Grosso do Sul demonstrou redução consistente das emissões por desmatamento, consolidando políticas públicas e sistemas de monitoramento.
Mato Grosso do Sul possui 62,2% de Cerrado, 27,3% de Pantanal e 10,5% de Mata Atlântica, totalizando mais de 110 mil km² de vegetação nativa remanescente. Com a elegibilidade confirmada e o edital anunciado, o estado avança no objetivo de se tornar carbono neutro até 2030, unindo conservação, tecnologia e geração de valor ambiental.