Agricultura familiar

Programa da SAF impulsiona quebradeiras de coco no Piauí e amplia produção de azeite de babaçu

Iniciativa fortalece agricultura familiar, gera renda e amplia a comercialização de produtos em supermercados do estado

Programa da SAF impulsiona quebradeiras de coco no Piauí e amplia produção de azeite de babaçu

O trabalho das quebradeiras de coco no assentamento Fortaleza III, no município de Esperantina (PI), vem ganhando novo fôlego desde a implantação de uma unidade de extração de óleo e azeite extra virgem de coco babaçu. A estrutura foi construída em 2018 pela Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), por meio do Programa de Geração de Emprego e Renda no Meio Rural (Progere), e transforma a realidade das trabalhadoras da região.

Somente no primeiro semestre de 2025, o assentamento registrou a produção de 10 mil quilos de mesocarpo e 15 mil litros de azeite extra virgem, derivados diretamente do coco babaçu — atividade tradicional e essencial para a subsistência de centenas de famílias no norte do estado.

De acordo com Janaína Mendes, gerente de Projetos Territoriais da SAF, a instalação da unidade trouxe melhorias significativas na qualidade dos produtos. “O azeite e o óleo de babaçu passaram a apresentar menos resíduos e uma coloração mais clara. Foi um investimento que garantiu mais qualidade e valorização para toda a produção local”, destacou.

A coordenadora do grupo “Mulheres Produzindo no Assentamento Fortaleza”, Sandra Ribeiro, ressalta os impactos positivos da iniciativa no cotidiano das trabalhadoras. “Com os equipamentos como forrageiras instalados na unidade, conseguimos eliminar etapas que antes exigiam o transporte das amêndoas para outros locais. Isso otimizou muito o nosso tempo e esforço”, afirma.

Além da estrutura física, as quebradeiras de coco também contam com suporte técnico e institucional da SAF para acessar políticas públicas. O grupo já foi contemplado em editais da Secretaria e recentemente participou do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) estadual, consolidando o projeto como um modelo de sucesso.

A produção também encontrou espaço no mercado por meio do projeto Quitanda, que permite a comercialização do mesocarpo, óleo e azeite de babaçu em supermercados do Piauí, ampliando a renda e o reconhecimento do trabalho das mulheres do campo.