Rizicultura

Santa Catarina reduz emissões no arroz irrigado com práticas sustentáveis

Ações da Epagri e do Governo diminuem impacto ambiental da rizicultura catarinense

Cultivo sustentável de arroz é liderado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais
Foto: Assessoria de Comunicação/Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais

O incentivo de políticas públicas e ações técnicas da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) está transformando a produção de arroz irrigado em Santa Catarina. Duas práticas ganham destaque: o redimensionamento das taipas — estruturas que delimitam as quadras de cultivo — e o manejo da palha com rolo-faca. Ambas reduzem o impacto sobre os mananciais hídricos e as emissões de gases de efeito estufa.

Práticas sustentáveis

Para a preservação da água, a Epagri orienta produtores a manter taipas com altura e largura mínimas de 40 centímetros. A medida evita que sedimentos e produtos agrícolas cheguem aos rios e aproveita melhor a água da chuva, diminuindo riscos de enchentes.

Outra preocupação levantada pelo Estado, é quanto às emissões de gases desta cultura. Segundo a Epagri, o arroz irrigado é o segundo maior emissor de gases de efeito estufa na agricultura brasileira, atrás somente da pecuária.

A prática de incorporar a palha das plantas logo após a colheita — prática feita com o rolo-faca — acelera a decomposição e reduz significativamente a emissão de metano. Em 2024, 188 rolos-faca foram adquiridos com apoio do projeto Protegendo o Solo e Cultivando Água, reduzindo 16,7 mil toneladas de CO₂ equivalente, ou 62% a menos que no manejo convencional.