Cerca de um ano após a validação, o Sistema Antecipasto já mostra resultados expressivos em propriedades rurais do Cerrado. Desenvolvida pela Embrapa Agropecuária Oeste (MS), a tecnologia antecipa em até 60 dias a formação da pastagem durante o ciclo da soja, sem comprometer a oleaginosa.
A prática garante forragem logo após a colheita, aumenta a segurança produtiva em períodos de estiagem e solos de baixa fertilidade e proporciona ganhos de até 5 arrobas de peso bovino por hectare na entressafra. Em alguns casos, o sistema elevou em até 50% a produção de carne por hectare e já está presente em cinco estados brasileiros.
A técnica consiste em plantar o capim cerca de 20 dias após a semeadura da soja, permitindo que ambas as culturas se desenvolvam integradamente. Assim, os animais entram mais cedo no pasto, prolongando o período de pastejo e aumentando a lotação. Em áreas comerciais, os ganhos já são visíveis: a duração do pastejo subiu de 100 para até 150 dias ao ano, com média de 2,5 a 3 unidades animais por hectare.
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Segundo produtores, o Antecipasto permite ganhos diários de 700 a 800 gramas por animal, contra 500 a 700 no modelo convencional. Além de intensificar a pecuária, a tecnologia contribui para reduzir a idade de abate e as emissões de metano, alinhando-se às práticas de agricultura de baixo carbono.
Parte da Jornada pelo Clima, o sistema reforça a estratégia brasileira de reduzir emissões e ampliar a sustentabilidade do agronegócio. Para a Embrapa, o próximo passo é expandir a adoção por meio de áreas demonstrativas e comitivas técnicas em novas regiões.
Com potencial para transformar a pecuária, o Sistema Antecipasto alia inovação, sustentabilidade e maior rentabilidade ao produtor.
