Projeto do IAT

Viveiros do Paraná receberão internet, fertirrigação e energia limpa

Iniciativa prevê uso de fertirrigação, painéis solares e internet nos 19 viveiros e dois laboratórios do Instituto Água e Terra

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Foto: Denis Ferreira Netto/SEDEST-PR

Quando se fala em tecnologias, produção em larga escala e contenção de perdas, facilmente as pessoas associam a grandes lavouras de agricultura intensiva. Para desmistificar e fortalecer o trabalho de pequenos produtores, o Instituto Água e Terra (IAT) apresentou nesta terça-feira (24) os planos para modernização dos 19 viveiros florestais e dos dois laboratórios de sementes administrados pelo órgão ambiental.

Com foco em eficiência, sustentabilidade e inovação, o projeto prevê a adoção de diversas tecnologias nos próximos meses. Entre elas estão a produção de mudas com paper pot, embalagem biodegradável que substitui os tradicionais tubetes plásticos, implantação de fertirrigação, que mistura fertilizantes à água de irrigação, além de sistemas para reaproveitamento da água e da energia. As unidades também passarão a contar com internet de alta velocidade para operar novos sistemas de monitoramento e controle.

O anúncio foi feito durante o Encontro de Capacitação para Coordenadores de Viveiros e Laboratórios de Sementes do Instituto, edição 2025, promovido pela Gerência de Restauração Ambiental (Gera). O evento acontece até quinta-feira (26) no campus da Universidade Cesumar (UniCesumar), em Curitiba, reunindo exclusivamente servidores e colaboradores da área.

De acordo com o engenheiro florestal Alexandre Mastella, do IAT, o objetivo é ampliar a capacidade técnica e operacional da produção de mudas no Estado. Isso inclui o aumento da diversidade e da área de coleta de sementes, maior produção e distribuição de mudas, além da redução do consumo de água e energia nos viveiros.

Os viveiros estão distribuídos por 19 municípios paranaenses, entre eles São José dos Pinhais, Cascavel, Guarapuava, Pato Branco e Umuarama. Já os laboratórios de sementes ficam em São José dos Pinhais e Engenheiro Beltrão.

Vale destacar, por fim, que o investimento total é estimado em R$ 35 milhões, provenientes da compensação ambiental paga pela Petrobras após o vazamento de óleo em Araucária, em 2000, recurso autorizado no ano passado pela Justiça Federal.