O Governo do Acre decretou, ontem (6), que o Estado está em situação de emergência em decorrência da estiagem e do aumento das temperaturas. A medida foi assinada pelo governador Gladson Cameí e publicada no Diário Oficial (DOE), e ficará em vigor por 180 dias.
O estado vivenciou, durante os anos de 2023 e 2024, os estresses hídricos mais severos da sua história recente, fato que é relacionado ao fenômeno climático El Niño, que causou uma queda significativa de chuvas na região. O déficit gerou uma diminuição drástica nos níveis dos principais rios da bacia amazônica.
Diante desse cenário, o regime de chuvas no primeiro semestre deste ano foi abaixo das expectativas. Em um cenário comum para os meses de maio e novembro é normal que sejam registrados níveis menores de precipitação, temperaturas mais altas e baixo percentual de umidade relativa do ar, o que gera uma considerável redução no nível dos rios que cortam o estado.
As consequências da estiagem mais críticas são a redução do volume em rios fundamentais para a captação, o que causou uma crise no abastecimento hídrico e baixa navegabilidade dos cursos, fator que compromete a logística de transporte e isola comunidades, além de outras complicações graves causadas pela estiagem.
O governo do Acre, através da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDC), articulou com autoridades federais, estaduais e municipais para amenizar os efeitos da crise. Além disso, órgãos e entidades do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC) sediados na região estão autorizados a prestar apoio às regiões mais afetadas.