
O Amazonas registrou 874 focos de calor em outubro de 2025, uma redução de 65,81% em relação ao mesmo mês do ano anterior, e o menor número em mais de 10 anos.
Os dados são do Programa de Queimadas (BD Queimadas), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), monitorados pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
De janeiro a outubro, o estado acumulou 4.156 focos de calor, frente a 24.671 no mesmo período de 2024, uma queda de 83,15%, o menor índice desde 2019. A redução tem se mantido mês a mês, reflexo das ações conjuntas de prevenção, monitoramento e combate realizadas pelos órgãos ambientais estaduais e pelo Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM).
O diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, atribui o resultado ao trabalho integrado do Governo do Amazonas, que vem intensificando medidas de fiscalização, monitoramento e sensibilização da população sobre os impactos ambientais e à saúde causados pelas queimadas.
A coordenadora do Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas (CMAAP) do Ipaam, Priscila Carvalho, destacou o papel técnico do centro no monitoramento diário por meio de imagens de satélite e cruzamento de dados geográficos, o que permite identificar áreas críticas e orientar as ações de campo.
Entre os municípios com mais ocorrências em outubro de 2025 estão Lábrea, com 127 registros, Humaitá (83) e Nhamundá (59). No ano anterior, as maiores concentrações haviam sido em Apuí (228), Lábrea (227) e Boca do Acre (210), evidenciando uma redução nas regiões historicamente mais afetadas do estado.