A nova análise climática da DATAGRO mostra que o calor ganhou força ao longo desta semana em grande parte do Brasil, mesmo com a presença do ciclone extratropical formado no Rio da Prata, entre Uruguai e Argentina.
O fenômeno, de larga escala, provocou instabilidades no sul do Mato Grosso do Sul e em São Paulo, mas de baixa intensidade.
Já no Sul do país, as chuvas foram volumosas, acompanhadas de ventos fortes, especialmente no Rio Grande do Sul, onde houve registros de estragos.
Pico de calor chega antes da frente fria
Segundo a previsão, a partir desta quinta-feira (21/08) as temperaturas voltam a subir, atingindo o pico nos dias 22 e 23 de agosto.
- Máximas devem variar entre 32°C e 40°C no Centro-Sul.
- Mato Grosso do Sul e Mato Grosso concentram as maiores temperaturas.
A chegada de uma frente fria no dia 24 deverá mudar o cenário, trazendo chuvas para Região Sul, extremo sul do Mato Grosso do Sul e áreas litorâneas do Sudeste.
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Essa mudança pode impactar pontualmente a colheita de milho e cana. Além disso, a massa de ar frio deve derrubar as temperaturas no Sul e no sul do MS, com risco de geada leve em 26 de agosto, quando mínimas podem variar de 2°C a 4°C.
No restante do Centro-Oeste e no Sudeste, a frente fria trará apenas alívio temporário. Já no norte do Centro-Oeste e sul da região Norte, o calor deve se intensificar, com máximas entre 38°C e 42°C a partir do dia 24. Essa condição está ligada ao chamado verão amazônico, marcado por baixa umidade e ausência de chuvas.
Impactos do calor para agricultura e queimadas
O padrão climático gera efeitos opostos para o agronegócio:
- Favorece a colheita de café, cana e milho de inverno;
- Aumenta a concentração de sacarose na cana;
- Eleva o risco de queimadas em várias regiões, embora em menor intensidade que no ano passado.
De acordo com a DATAGRO, as chuvas devem retornar de forma mais consistente apenas a partir da segunda semana de setembro.
