
As chuvas no sul do estado de Minas Gerais, principal região produtora de café arábica, tem auxiliado na recuperação da umidade do solo, aponta relatório da consultoria DATAGRO, elaborado com base nos mapas climáticos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). As regiões leste de São Paulo e o Espírito Santo também apresentam boa umidade, o que contribui para a safra de café robusta.
As precipitações chegam em um momento importante da safra. Novembro é o último mês da florada do café, fase que antecede a formação dos frutos, sendo uma das principais fases do desenvolvimento da lavoura.
O volume observado no acumulado de novembro até dia 17 no sul de Minas Gerais e leste de São Paulo tem variado entre 70 e 120 mm, volume próximo da média histórica. Esse volume de chuva tem refletido no aumento do armazenamento hídrico no solo. No sul de Minas Gerais, a umidade está entre 60% e 80%, no leste de São Paulo e no Espírito Santo entre 40% e 60%.
Por outro lado, os cafezais do Triângulo Mineiro sentem a falta de chuvas. As precipitações, até 17 de novembro, tanto na região quanto na Zona da Mata e nas Matas de Minas foram de 50 e 80 mm, o equivalente a 30% a 35% do esperado para todo novembro. Isso reflete na baixa umidade no solo da região, em apenas 20%. Esse desempenho tem levantado preocupações em cafezais não irrigados na região.
Por outro lado, os mapas climáticos do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas a Médio Prazo (ECMWF, sigla em inglês), indicam chuvas volumosas na região, principalmente entre os dias 23 e 24.
Os volumes devem ficar acima de 50 mm no Triângulo Mineiro, Espírito Santo e Zona da Mata. No sul de Minas Gerais e leste de São Paulo é esperado precipitações entre 40 e 50 mm.
O mês de dezembro também indica condições favoráveis de chuvas em todas as áreas produtoras de cafés do Sudeste, com exceção o estado de São Paulo. Além disso, as temperaturas deverão seguir amenas.