Nesta semana, a região Sul do Brasil tem registrado chuvas intensas e isoladas, especialmente no Rio Grande do Sul, onde a atuação de uma massa de ar quente e úmida favoreceu a formação de nuvens Cumulonimbus, com registro de granizo em algumas áreas.
Segundo a análise climática da DATAGRO, a partir desta quinta-feira (4), o tempo começa a mudar com o avanço da primeira frente fria de setembro, seguida por uma massa de ar frio que deve derrubar as temperaturas no Centro-Sul gaúcho e também na Argentina.
Temperaturas mínimas e acumulados de chuva
De acordo com os mapas do MeteoBlue, os próximos dias devem registrar:
Temperaturas mínimas:
- Rio Grande do Sul e Argentina: entre 4°C e 8°C;
Acumulados de chuva:
- RS e SC: entre 50 e 100 mm, com volumes maiores no centro gaúcho;
- Paraná: entre 20 e 30 mm;
- Argentina: chuvas na divisa com o Paraguai.
Calor e tempo seco predominam no Centro-Oeste, Sudeste e Matopiba
Nos demais estados produtores de grãos, o cenário é oposto ao do Sul:
Temperaturas máximas:
- Centro-Oeste e Matopiba: entre 36°C e 40°C, com exceção do sul do MS e oeste do MT (possibilidade de chuvas);
- Sudeste: tempo seco, com chuvas restritas ao sul e leste de SP (10 a 30 mm).
O calor tem contribuído para o aumento dos focos de queimadas, principalmente em áreas sensíveis como o Pantanal.
Plantio de soja e milho depende do retorno das chuvas
Setembro marca o início do plantio de soja e milho de verão no Brasil e Argentina.
Para uma semeadura segura, é essencial que o solo esteja com umidade adequada — o que depende da regularidade das chuvas nas próximas semanas.
Previsão de médio e longo prazo (modelo ECMWF):
Segunda semana de setembro:
- Chuvas irregulares no norte da Argentina, RS e oeste do MT;
Início da segunda quinzena:
- Mudança nas previsões: semana mais seca em grande parte do Brasil;
- Argentina segue com chuvas nas áreas produtoras;
Última semana de setembro:
- Chuvas retornam na maioria das regiões do Brasil, exceto no RS;
- Argentina continua com boas condições hídricas.
Outubro e novembro: atenção ao La Niña
- Outubro: expectativa de chuvas regulares nas regiões produtoras do Brasil e Argentina;
- Novembro: com o possível retorno do La Niña, é esperado déficit hídrico no RS, SC e áreas da Argentina, o que pode prejudicar o desenvolvimento inicial do milho e da soja.