Modelo climático La Niña
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Nesta quinta-feira (9), o NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA) atualizou suas previsões confirmando o início do fenômeno La Niña no Pacífico Equatorial, já identificado pela consultoria DATAGRO nas análises anteriores.

O que foi confirmado:

  • La Niña está em formação: as últimas semanas de setembro mostraram anomalias negativas de temperatura da superfície do mar (TSM) na faixa de -0,5 a -0,9°C.
  • Probabilidade de 78% de La Niña entre outubro e dezembro de 2025.
  • Fenômeno será fraco e de curta duração, com pico em novembro e perda de força a partir de janeiro de 2026.
  • Para ser oficialmente caracterizado como um evento ENSO (El Niño/La Niña), é necessário que as condições persistam por pelo menos 3 meses consecutivos.

Impactos nas chuvas na América do Sul – Outubro a Dezembro

Os modelos climáticos ECMWF (Europa), C3S (multimodelos) e SA-Ensemble (Suíça) indicam os seguintes padrões de chuva:

Centro-Sul do Brasil:

  • Chuvas dentro da normalidade, com destaque para Minas Gerais, que poderá registrar volumes acima da média a partir de novembro.
  • Condições positivas para lavouras e pastagens.

Rio Grande do Sul e Argentina (norte):

  • Alerta de chuvas abaixo da média em novembro, mês de pico do La Niña.
  • Risco para soja e milho de verão no Sul do Brasil e nas províncias argentinas próximas ao RS.

Região Norte do Brasil:

  • Chuvas acima da média entre novembro e dezembro — padrão típico de La Niña.
  • Pode afetar positivamente a recarga hídrica e florestas, mas exige atenção em áreas vulneráveis a alagamentos.

Apesar de o La Niña ser fraco e breve, seus efeitos localizados ainda exigem atenção, principalmente no Sul do Brasil e norte da Argentina.

No restante do país, as perspectivas são favoráveis para o agro, especialmente na região Centro-Sul e Sudeste, com boa distribuição de chuvas prevista para o fim do ano.