
Na última semana, o Governo Federal anunciou que 65 cidades do estado do Rio Grande do Norte estão em estado de emergência devido a um período de estiagem prolongada. Por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, foi reconhecida a gravidade da situação através do Diário Oficial da União (Portaria nº 3.190).
Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), a estação chuvosa de 2025, de janeiro a junho apresentou índices 16,1% abaixo da média esperada, com maiores danos nas mesorregiões Central (-24,5%) e Agreste (-20,4%).
A redução pluviométrica afetou a recarga hídrica de açudes e poços e impactou diretamente a produção agropecuária e o abastecimento das comunidades rurais. Ao todo, são 147 cidades potiguares afetados pela seca prolongada, os que não entraram na lista do governo federal já haviam feito decretos de estado de emergência, nas instâncias municipais e estaduais.
Ações e obras emergenciais
Os decretos de emergência autorizam o apoio aos munícipios para amenizar os efeitos da estiagem nas propriedades regionais. Portanto, o Governo iniciou uma série de medidas para convivência com a seca prolongada e apoio aos produtores rurais.
Entre as ações contra a estiagem estão:
- Perfuração e instalação de 500 poços artesianos até abril de 2026, mais de 100 já concluídos;
- Construção de cerca de 2.500 cisternas para captação de água de chuva;
- Programas de dessedentação animal e ração com preço subsidiado.
As medidas tomadas contra a estiagem estão baseadas em relatórios da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), da Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern), da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Pesca (SAPE) e da Emparn.
O governo do estado também mantém uma articulação com o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e com outros órgãos federais para acelerar a liberação de recursos e assegurar apoio técnico e assistência as populações mais vulneráveis nas regiões do semiárido potiguar, onde estão as cidades mais afetadas pela estiagem.