O Governo do Rio Grande do Norte decretou, no dia 1º de outubro, o estado de emergência para a seca na região
Foto: Joana Lima/Assecom

O Governo do Rio Grande do Norte decretou, no dia 1º de outubro, o estado de emergência para a seca na região, em decorrência da queda significativa dos índices pluviométricos na estação chuvosa de 2025, o que afetou a recarga hídrica dos principais reservatórios públicos e para a produção agrícola.

Em decreto publicado, assinado pela governadora Fátima Bezerra, a emergência da seca foi declarada em 147 municípios. A medida está embasada em relatórios da Agência Nacional de Águas (ANA), da Companhia de Águas e Esgotos (Caern), da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Pesca (SAPE) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn).

De acordo com dados do Emparn, a estação chuvosa de 2025 (janeiro a junho) ficou 16,1% abaixo do esperado, com maior grau de severidade nas regiões Central (-24,5%) e Agreste (-20,4%).

Das 147 cidades listadas no decreto (88% do total do Estado), 71 estão em situação de seca grave, entre eles Caicó, Currais Novos, Caraúbas, Parelhas, Pau dos Ferros, São Miguel, Alexandria, Paraná; outros 36 estão na condição de seca moderada, e 40 em seca fraca.

Já a Caern informa que dez cidades estão em situação de colapso ou pré-colapso no abastecimento, o que impacta diretamente cerca de 108 mil habitantes, com o caso mais crítico o de Serra do Mel, que está com o status há quatro anos, em decorrência de uma contaminação dos poços usados como fonte de água.

Entre as ações do estado, a governadora reuniu o Comitê de Acompanhamento Hídrico, que adotará medidas para reduzir os impactos da estiagem no estado, entre elas, a perfuração e instalação de poços. Segundo o Governo do Rio Grande do Norte, em nota, Serão 500 até abril de 2026; a construção de 2.500 cisternas (396 já concluídas), além da recuperação e instalação de novos sistemas de dessalinizadores e outras obras hídricas estruturantes.