Previsão do tempo

Segunda quinzena de agosto traz risco de geadas e nova frente fria

No começo do mês, as operações de colheita enfrentaram atrasos pontuais, mas clima ainda oferece janelas para avanço da safra

Foto: Paulo Marcelo Adamek/Wikimedia
Foto: Paulo Marcelo Adamek/Wikimedia

O começo de agosto foi marcado por chuvas em importantes regiões produtoras do Brasil, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e análises da DATAGRO. Os maiores volumes foram registrados no oeste do Paraná e sul do Mato Grosso do Sul, impactando temporariamente a colheita da cana-de-açúcar e do milho de inverno.

Também houve precipitações no litoral do Nordeste, onde o início da safra canavieira, normalmente iniciado neste mês, poderá ser adiado em algumas usinas.

Apesar das chuvas, houve janelas de operação nos primeiros cinco dias do mês, e os impactos foram limitados. No monitoramento climático da DATAGRO, apenas um dia de moagem de cana foi perdido em áreas do sul do MS e oeste do PR.

Previsão para os próximos dias

Um ciclone extratropical no Atlântico deverá provocar novas chuvas em 08 de agosto no Paraná e sul de São Paulo, com volumes entre 5 e 15 mm.

Na sequência, uma onda de frio deve atingir as regiões entre os dias 9 e 11 de agosto, com temperaturas variando entre 2°C e 4°C em áreas suscetíveis do Paraná, leste do Mato Grosso do Sul, região de Presidente Prudente (SP) e sul de Minas Gerais. A geada é provável em áreas de baixada, especialmente no dia 10.

Previsão para a segunda quinzena

De acordo com o modelo Centro Europeu de Previsões Meteorológicas a Médio Prazo (ECMWF), há possibilidade de nova frente úmida no início da segunda metade de agosto, com chuvas previstas para áreas que não registram precipitação desde maio, como o Triângulo Mineiro. No entanto, as chances de chuvas diminuem no final do mês.

As temperaturas devem se recuperar gradualmente após a onda de frio, mas ainda devem ficar abaixo da média histórica na maior parte do país.

Já em Goiás, Minas Gerais e Matopiba, o tempo deve continuar mais quente que o normal, favorecendo a queda da umidade do solo, o que pode impactar negativamente as lavouras em desenvolvimento.