O verão de 2024 e 2025 foi o sexto mais quente no Brasil desde 1961. A temperatura ficou 0,34°C acima da média histórica do período de 1991 a 2020. A estação se encerrou às 6h02 da última quinta-feira (20).
Mesmo sob a influência do La Niña, que tende a reduzir a temperatura média global, as temperaturas estiveram acima da média em grande parte do território nacional. Os maiores registros de temperatura máxima foram observados, principalmente, no Rio Grande do Sul, onde três ondas de calor atuaram no estado: entre os dias 17 e 23 de janeiro, 2 e 12 de fevereiro e 1º e 8 de março de 2025.
Além disso, a última década foi mais quente que a anterior no Brasil. Essa tendência reforça os alertas da Organização Meteorológica Mundial (OMM) sobre o agravamento do aquecimento global e o aumento da emissão de gases de efeito estufa.
Verão com muitas chuvas
Além das temperaturas elevadas, o verão 2024/25 foi marcado por volumes significativos de chuva, especialmente na Região Norte, no Maranhão e no norte do Piauí. Nessas áreas, os acumulados ultrapassaram os 700 mm, com diversos municípios registrando volumes acima da média histórica.
As chuvas frequentes na faixa norte do país tiveram como principal causa a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), sistema meteorológico formado pela confluência dos ventos alísios do Nordeste (Hemisfério Norte) com os do Sudeste (Hemisfério Sul).
No Centro-Norte do Brasil, as chuvas superaram os 500 mm, com exceção de Roraima, do centro-leste do Nordeste, do centro-sul de Mato Grosso do Sul, do oeste paulista, do norte de Minas Gerais, do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e de áreas centrais e ocidentais da Região Sul, onde os volumes ficaram abaixo da média.
Em relação às regiões Centro-Oeste e Sudeste, os acumulados de chuva foram predominantemente abaixo da média, embora tenham superado os 600 mm no centro-norte do Mato Grosso e em áreas pontuais de Goiás e São Paulo. No restante das áreas, os volumes variaram entre 300 e 500 mm.
No Sul, a passagem de sistemas frontais e áreas de instabilidade provocou chuvas acima de 500 mm no leste do Paraná e de Santa Catarina. Nas demais áreas, os volumes ficaram abaixo da média, com destaque para o oeste do Rio Grande do Sul, onde os acumulados não ultrapassaram 250 mm, volume bem abaixo da média histórica da região, que varia entre 400 e 500 mm.