
O mercado de algodão em pluma no Brasil segue relativamente firme em novembro, sustentado por uma posição conservadora dos vendedores e pela busca de compradores por produtos de melhor qualidade.
De acordo com levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), produtores estão focados no cumprimento de contratos e atentos ao ritmo positivo das exportações, enquanto o mercado doméstico se organiza para o encerramento do ano e planejamento de estoques para 2026.
Compradores ajustam estoques e buscam algodão de qualidade
As indústrias brasileiras têm intensificado os ajustes nos estoques para garantir o suprimento necessário nas últimas semanas de 2025 e nos primeiros meses de 2026.
A preferência, segundo analistas do Cepea, recai sobre lotes de qualidade superior, o que vem limitando quedas de preços, mesmo diante da pressão cambial e volatilidade externa.
“Há firmeza na ponta vendedora e seletividade na ponta compradora, o que tem mantido certa estabilidade no mercado spot”, destaca o Cepea.
Exportações seguem em ritmo forte, apesar de recuo
No mercado externo, os embarques brasileiros de algodão em pluma somaram 244 mil toneladas na primeira quinzena de novembro de 2025, segundo dados da Secex.
Embora o volume seja 18,5% menor que o total exportado em todo o mês de novembro de 2024 (299,5 mil toneladas), o ritmo permanece acelerado.
Caso o desempenho atual se mantenha, a expectativa é de que o Brasil supere as 460 mil toneladas embarcadas ao final do mês.
Apesar da leve queda nas exportações parciais, o setor mantém projeções otimistas, devido a a demanda internacional ativa; estoques globais apertados; boa qualidade da pluma brasileira; e um câmbio ainda competitivo para o exportador