Os preços do café registraram forte queda em maio, pressionados pelo avanço da colheita da safra 2025/26 no Brasil, segundo dados divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). As retrações foram mais intensas na última semana do mês, quando a entrada de grãos no mercado ganhou ritmo.
O Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou maio com média de R$ 2.484,29 por saca de 60 kg, uma queda de 1,6% em relação a abril e o menor patamar mensal desde janeiro de 2025. No acumulado do mês, a desvalorização foi ainda mais expressiva, atingindo 10,71%.
A colheita do café arábica começou a ganhar força ao longo de maio, com maior oferta pressionando as cotações. A perspectiva de produção consistente também tem influenciado negativamente os preços no mercado físico.
No caso do café robusta, os preços caíram com ainda mais intensidade. O Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, teve média mensal de R$ 1.394,45 por saca, queda de 7,1% frente a abril — o equivalente a R$ 120,34 por saca a menos. No acumulado de maio, a retração foi significativa: 18%.
A colheita do café robusta já está mais adiantada, especialmente no Espírito Santo, principal estado produtor da variedade. Além disso, as expectativas de uma safra maior neste ciclo aumentam a pressão sobre os preços.