
O avanço da colheita nas principais regiões produtoras do Brasil tem pressionado os preços do café para baixo, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
O Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, voltou a operar abaixo de R$ 2.200 por saca de 60 kg nesta semana — patamar que não era registrado desde dezembro de 2024, em termos nominais. Na parcial de junho, até o dia 16, o indicador acumula queda de 7,2%.
Para o café robusta, o movimento de baixa é ainda mais acentuado. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, acumula desvalorização de 8,65% no mesmo período, recuando para níveis inferiores a R$ 1.300 por saca, valor observado pela última vez em agosto de 2024.
De acordo com o Cepea, até o fim da última semana, a colheita do café arábica havia avançado entre 20% e 25% da área estimada. Já no caso do café robusta, os trabalhos superaram a marca de 50% da área, com expectativa de produção acima de 20 milhões de sacas. A boa performance do robusta deve ajudar a compensar a menor safra de arábica esperada para o ciclo 2025/26.