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Foto: Arquivio/Marcelo Camargo/Agência Brasil

A manutenção da sobretaxa de 40% sobre o café brasileiro nas importações pelos Estados Unidos está gerando preocupação crescente no setor exportador nacional, mesmo após o anúncio da retirada da tarifa de 10% aplicada de forma generalizada em abril deste ano.

A informação foi confirmada por analistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Segundo os pesquisadores, a tarifa elevada compromete a competitividade do café do Brasil em um dos seus mercados mais relevantes, especialmente porque outros países exportadores tiveram suas barreiras tarifárias reduzidas ou eliminadas.

Setor teme perda estrutural de mercado nos EUA

De acordo com agentes do setor consultados pelo Cepea, o principal temor é uma substituição estrutural do café brasileiro no consumo norte-americano, um mercado historicamente importante para os produtores do Brasil.

“A manutenção da tarifa de 40% gera um desequilíbrio competitivo que pode resultar na perda de participação do café nacional nos hábitos de consumo dos EUA”, aponta o Cepea.

A retirada da tarifa de 10% para as demais importações é vista como um sinal positivo de distensionamento comercial, mas a decisão de manter a sobretaxa específica sobre o café brasileiro reforça a posição vulnerável do produto nacional no cenário internacional.