Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea Esalq/USP), pelo oitavo mês seguido, o preço do leite ao produtor voltou a cair na “Média Brasil”. O leite captado em novembro fechou a R$ 2,1122 por litro, queda de 8,31% em relação a outubro de 2025. Com isso, os preços acumulam recuo real de 21,2% na parcial do ano.
Ao longo de 2025, a oferta de lácteos aumentou de forma expressiva. O Cepea projeta que o ano termine com crescimento médio de 7% na captação industrial, o que leva o volume a um recorde de 27,14 bilhões de litros.
Além disso, a produção de leite cru avançou com os investimentos feitos em 2024 e com o clima favorável em 2025. De outubro para novembro, o ICAP-L (Índice de Captação de Leite) subiu 1,61% na Média Brasil. No acumulado do ano, a alta chega a 15,9%.
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A oferta de lácteos também cresceu via importações, apesar da queda de 14,8% em novembro. Na parcial do ano, o país internalizou quase 2,05 bilhões de litros em equivalente leite (Eql). Esse volume fica apenas 4,8% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, que marcou recorde de importações.
Os agentes de mercado destacam o aumento expressivo dos estoques de lácteos, tanto na indústria quanto nos canais de distribuição. Segundo o Cepea, com o mercado bem abastecido, as negociações de derivados seguem pressionadas.
Levantamento do Cepea, com apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), mostra que, em novembro, os preços do queijo muçarela, do leite UHT e do leite em pó caíram no atacado paulista. As baixas foram de 3,7%, 11,1% e 2,9%, respectivamente, com valores deflacionados pelo IPCA de novembro de 2025. As médias passaram para R$ 28,99 por quilo, R$ 3,59 por litro e R$ 28,57 por quilo, nessa ordem.
