
O preço do arroz em casca operou na casa dos R$ 76/saca de 50 kg durante todo o mês de abril, com exceção do dia 30, quando recuou e encerrou na casa dos R$ 75, patamar que vem sendo observado neste começo de maio. Esse é destaque do mais recente boletim semanal do Cepea-Esalq/USP, publicado nesta quarta-feira (7).
Segundo pesquisadores do centro, compradores com necessidade mais urgente de repor estoques precisam aumentar suas ofertas para atrair vendedores, que, por sua vez, cedem apenas quando há necessidade de “fazer caixa” ou liberar espaço nos armazéns próprios para a chegada dos últimos lotes ainda em fase de colheita.
Com isso, o Cepea-Esalq/USP verifica certa “queda de braço” entre as partes e baixa liquidez no mercado arrozeiro.
Colheita de arroz na fase final
No campo, os trabalhos de colheita do arroz no Rio Grande do Sul alcançaram 91,51% da área total cultivada, conforme dados do Instituto Rio-grandense de Arroz (Irga), coletados até a última sexta-feira (2).
Dos 970.194 hectares semeados no principal estado produtor brasileiro, responsável por mais de 70% da produção nacional, 888.852 já foram colhidos, sinalizando um avanço significativo nos trabalhos de campo.
Entre as regiões produtoras do estado gaúcho, a Fronteira Oeste e a Planície Costeira Externa se destacam com os maiores percentuais de colheita. A Fronteira Oeste já retirou 96,83% do arroz das lavouras, enquanto a Planície Costeira Externa atinge 98,16%.
Na sequência, aparecem a Zona Sul, com 93,38%, e a Planície Costeira Interna, com 90,90%. A Campanha apresenta 87,97% da colheita concluída, e a Região Central segue com o menor índice até o momento, com 76,47%, em razão do atraso no encerramento da semeadura.
“Com o clima colaborando em boa parte do ciclo, a expectativa é de que a colheita seja finalizada nas próximas semanas”, avalia Luiz Fernando Siqueira, gerente da Divisão de Pesquisa e Extensão Rural (Dater) do Irga.