O mercado do milho registrou queda nas cotações nesses primeiros dias de setembro. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), vendedores brasileiros reduziram a oferta no spot ou mantiveram pedidos de preços firmes, apoiados nas recentes valorizações nos portos e no mercado externo.
No entanto, a demanda doméstica segue enfraquecida.
Consumidores estão utilizando estoques e aguardando aumento da oferta, já que o Brasil e os Estados Unidos devem colher safra recorde.
Exportações de milho em alta
A demanda externa mostra reação. Após desempenho fraco até julho, as exportações de milho cresceram em agosto.
O movimento é impulsionado por negociações antecipadas e pelo aumento da paridade de exportação, que fortalece o interesse no mercado internacional.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), analisados pelo Cepea, os embarques diários de agosto/25 superaram em 18% os de agosto/24. O volume exportado foi 13% maior, somando 6,84 milhões de toneladas.
Preços da soja sobem, com forte procura
Enquanto o milho recua, as cotações da soja registram alta no início de setembro.
O Cepea aponta que a demanda aquecida por grãos e derivados, tanto no mercado interno quanto externo, tem elevado os prêmios de exportação.
A valorização do dólar frente ao real também aumenta a competitividade do produto brasileiro e estimula novas negociações.
Soja bate recordes de exportação
O Brasil exportou 9,33 milhões de toneladas de soja em agosto, segundo a Secex. Embora o volume seja 23,8% menor que julho – uma queda sazonal – ele foi recorde para o mês.
No acumulado de janeiro a agosto de 2024, o país exportou 86,5 milhões de toneladas, também recorde histórico.