Preços

Cotações do milho seguiram tendência de queda no mês de maio

Por sua vez, a forte demanda externa manteve os preços da soja firmes no período

Imagem representa queda nas cotações de milho no período
Foto: Michael Fischer/Pexels

As cotações do milho no mercado brasileiro seguiram em queda durante o mês de maio, dando continuidade à tendência de baixa iniciada em abril, de acordo com levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

A retração foi impulsionada principalmente pela postura cautelosa dos compradores, que apostam em novas desvalorizações do milho diante do avanço da colheita da segunda safra e da capacidade limitada de armazenagem nas principais regiões produtoras.

Outro fator de pressão foi o cenário externo, com queda nos preços internacionais e valorização do real frente ao dólar, o que reduziu a paridade de exportação. Reflexo disso foi o volume embarcado: em maio, o Brasil exportou apenas 39,92 mil toneladas de milho, contra 413 mil toneladas no mesmo mês de 2024, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior compilados pelo Cepea.

Soja ganha firmeza com apoio da demanda internacional

No sentido oposto, a soja apresentou preços firmes no mercado doméstico ao longo de maio, sustentados por uma forte demanda externa. Apesar da baixa liquidez no mercado spot nacional, o volume embarcado somou 14,09 milhões de toneladas no mês, alta de 4,9% em relação ao mesmo período de 2024, embora tenha recuado 7,7% frente a abril.

No acumulado do ano até maio, o Brasil exportou um volume recorde de 51,52 milhões de toneladas de soja, 2,7% acima do embarcado no mesmo intervalo do ano passado.

Segundo o Cepea, a melhora nos prêmios de exportação frente ao mercado interno tem estimulado os produtores a negociar a oleaginosa com foco na paridade de exportação, especialmente diante da possível evolução de um acordo comercial entre China e Estados Unidos, que segue no radar do setor.