Prêmios

Disparada do óleo de soja no exterior pressiona prêmios de exportação do derivado no Brasil

Na última semana, contrato mais ativo da commodity negociado nos EUA avançou mais de 15%

Foto: Melquizedeque Almeida/Pexels
Foto: Melquizedeque Almeida/Pexels

Os valores externos do óleo de soja subiram expressivamente na última semana, em mais de 15%, tendo como base o contrato futuro de primeiro vencimento (Jul/25) negociado na Bolsa de Chicago (CME Group).

De acordo com o Centro de Pesquisas, na última sexta-feira (20), o derivado de soja chegou a operar no maior patamar desde outubro de 2023, tendo-se como base os contratos de primeiro vencimento.

Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – CEPEA Esalq/USP, o impulso veio de expectativas de maior demanda pelo derivado para a produção de biodiesel nos Estados Unidos – aprovada recentemente, uma proposta da Agência Nacional de Proteção Ambiental do país norte-americano (EPA) prevê aumento na mistura do biodiesel ao óleo diesel nos próximos dois anos (2026 e 2027), e o óleo de soja é a principal matéria-prima do biocombustível.

“Além disso, o conflito no Oriente Médio tende a impactar na oferta e no preço do petróleo, contexto que reforçou o movimento de alta nas cotações do óleo de soja”, acrescenta.

Esse movimento de forte valorização externa pressionou os prêmios de exportação do óleo de soja no Brasil. Somado a isso, repercutiu negativamente o fato de a demanda brasileira por óleo de soja estar baixa, devido à menor procura pelo setor de biocombustível no País.