
A disponibilidade interna de carne suína no Brasil registrou, em outubro, o segundo menor volume de 2025, conforme cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Apenas o mês de junho teve oferta mais baixa. A retração é atribuída principalmente ao aumento nas exportações da proteína e à redução no número de abates no mês.
Oferta doméstica recuou para 191,5 mil toneladas
De acordo com o Cepea, 191,5 mil toneladas de carne suína foram destinadas ao mercado doméstico em outubro, contra 194 mil toneladas em setembro.
A mínima do ano ocorreu em junho, com 185 mil toneladas, enquanto o pico foi registrado em julho, com quase 240 mil toneladas distribuídas internamente.
Essa queda reforça o impacto do redirecionamento da produção para o mercado externo, somado ao menor ritmo de abate observado no período.
Exportações alcançam maior média diária da série histórica
As exportações brasileiras de carne suína in natura atingiram em outubro uma média diária de embarques de 15,1 mil toneladas, a maior já registrada para o mês desde o início da série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Com esse desempenho, o volume total exportado em outubro deve alcançar 136,1 mil toneladas, consolidando um dos melhores meses do ano.
Os dados finais devem ser divulgados ainda nesta semana pela Secretaria.
Abate de suínos pode ter caído 9% em outubro
O número de abates também contribuiu para a menor disponibilidade interna.
Estimativas do Cepea, com base em dados preliminares do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), apontam uma queda de até 9% nos abates em outubro, o que afeta diretamente a oferta de carne no mercado nacional.
Essa desaceleração está relacionada a fatores como ajuste na produção, estratégias de mercado e demanda externa aquecida, que redireciona parte significativa da proteína suína para exportação.