Os preços do feijão carioca e do feijão preto fecharam agosto em direções opostas, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP).
Enquanto o carioca manteve as cotações em alta, sustentado pela preferência do consumidor e pela firmeza dos produtores na venda, o feijão preto foi pressionado pela ampla oferta disponível no mercado, registrando queda nas últimas semanas.
Governo anuncia R$ 21,7 milhões em subsídios para o feijão
Na última semana de agosto, o governo federal publicou no Diário Oficial da União a Portaria Interministerial Mapa/MF/MPO/MDA nº 24, de 23 de julho de 2025.
A medida estabelece os parâmetros da subvenção econômica para feijões do tipo cores e preto nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O pacote prevê a destinação de R$ 21,7 milhões em recursos por meio de leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) e Prêmio para Escoamento de Produto (PEP), mecanismos que garantem preços mínimos e auxiliam no escoamento da produção.
Safra 2025/26 deve encolher com queda na área plantada
Para a safra 2025/26, a DATAGRO Grãos projeta redução de 2% na área cultivada de feijão, estimada em 2,7 milhões de hectares, em relação a 2024.
A retração é reflexo da forte queda nos preços observada ao longo deste ano. A produção também deve cair 2%, alcançando cerca de 3,1 milhões de toneladas.
Esse cenário tende a manter o mercado do feijão mais ajustado, com impacto direto na formação dos preços ao longo do próximo ano-safra.