
As negociações de contratos envolvendo a laranja da safra 2025/26, destinada ao processamento industrial, seguem indefinidas, conforme apontam os levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O cenário contrasta com o observado na temporada passada, quando os primeiros acordos do mercado de citros começaram a ser fechados já em março, com preços de R$ 65,00 por caixa (posta na indústria), impulsionados por uma safra mais restrita.
Segundo o Cepea, além do receio dos produtores em fixar contratos nos valores atuais, o ritmo lento de negócios também se deve à expectativa de uma oferta abundante por parte da indústria. A colheita deste ano deve ser 36% maior, totalizando 314,6 milhões de caixas de 40,8 kg, conforme a estimativa do Fundecitrus.
A entrada das frutas precoces, prevista para junho, poderá trazer maior dinamismo ao mercado, avaliam os pesquisadores.
Atualmente, as cotações da laranja posta no portão da indústria, no mercado spot, operam em torno de R$ 45,00 por caixa de 40,8 kg, desde a divulgação do relatório oficial do Fundecitrus, que confirmou a projeção de safra recorde.
Mercado de mesa: pressão de baixa com chegada de frutas precoces
No mercado de mesa, a entrada das frutas precoces tem pressionado os valores da laranja-pera. Nesta semana (19 a 22 de maio), a fruta é negociada à média de R$ 77,24 por caixa de 40,8 kg, o que representa uma queda de 5,73% em relação ao período anterior.