Foto: pexels
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O mercado de feijão se manteve em ritmo lento ao longo da semana passada e os valores, pressionados, aponta o novo boletim semanal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), publicado nesta segunda-feira (20).

De acordo com o documento, a postura retraída de compradores e a maior presença de lotes com umidade inadequada à necessidade da indústria foram fatores que influenciaram as baixas de preços

“Ressalta-se que lotes denominados extras, com peneira 12 acima de 90%, são escassos e, portanto, são mais valorizados no mercado”, sinaliza o documento. “Assim, muitos produtores consultados pelo Cepea que ainda detêm esse grão negociam apenas quando precisam fazer caixa, enquanto os vendedores mais capitalizados preferem armazenar esse feijão”, completa. 

No campo, a semeadura da safra 2025/26 atinge 21,1% da área estimada para a primeira safra, conforme apontam dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), coletados até o dia 11.

No Sul do País, as atividades de campo seguiram mais lentas devido às chuvas. Já em São Paulo, a semeadura já foi finalizada há algumas semanas e, agora, produtores se preparam para iniciar a colheita no final deste mês.

“No estado paulista, muitas lavouras são irrigadas, o que permite a uma janela de colheita adiantada”, ressalta o Cepea-Esalq/USP. 

Estimativas divulgadas neste mês pela Conab apontam que a temporada brasileira 2025/26 de feijão deve somar 3,04 milhões de toneladas, queda de 1% em relação à da safra anterior (2024/25).

Essa retração se deve à queda de 0,4% na área, passando para 2,68 milhões de hectares, e à diminuição de 0,5% na produtividade, indo para 1.134 kg/ha. A dinâmica da oferta, por sua vez, segue distinta dentre os feijões cores, preto e caupi