Os preços do milho deixaram de cair na semana passada, segundo análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), diante da retração de parte dos vendedores no mercado. Apesar do avanço da colheita da segunda safra no Brasil, o ritmo segue inferior ao observado no mesmo período de 2023 e em outras safras anteriores.
Do lado da demanda, compradores também têm se afastado do mercado spot, atentos às estimativas de safra recorde no País e ao enfraquecimento das exportações. Segundo os pesquisadores do Cepea, muitos demandantes vêm operando com lotes previamente contratados, o que resulta em baixa liquidez nas negociações à vista.
Demanda para esmagamento sustenta a soja
Enquanto isso, o mercado da soja apresenta comportamento oposto. A firme demanda para o esmagamento tem sustentado os preços internos e externos da oleaginosa. Na parcial de julho (até o dia 17), os Indicadores CEPEA/ESALQ para o porto de Paranaguá (PR) e para o estado do Paraná subiram 1,8% e 1,3%, respectivamente.
Apesar desse movimento de alta, os pesquisadores alertam que os preços encontram limites para novos avanços devido à grande disponibilidade no mercado internacional. Segundo o relatório mais recente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção global de soja em grão deve alcançar 427,68 milhões de toneladas em 2025/26, novo recorde, acima das 421,99 milhões de toneladas estimadas para 2024/25.