Cotações

Milho: queda nos preços perdeu força na última semana

De acordo com o Cepea-Esalq/USP, cotações do cereal chegaram a apresentar leve alta em alguma regiões, mesmo com a colheita da safrinha em fase final

Cotação de milho
Fotos: Tony Oliveira/Canal do Produtor - CNA

Mesmo com a colheita em fase final, o movimento de queda nos preços do milho perdeu a força ao longo da semana passada, com algumas regiões chegando a apresentar leve alta

Esse é destaque do novo boletim semanal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), publicado nesta segunda-feira (25).

Segundo pesquisadores do centro, a sustentação aos preços veio da posição firme de vendedores e das valorizações nos portos, que, por sua vez, foram influenciadas pela melhora no ritmo dos embarques e pelos avanços do dólar e das cotações externas

“Parte dos vendedores consultados voltou a limitar a oferta no spot, se concentrando nas atividades de campo e no aguardo de melhores oportunidades. Outros que já estão com o cereal colhido e armazenado não mostram necessidade de venda imediata”, aponta o Cepea-Esalq/USP. 

“Compradores domésticos, por sua vez, priorizam o consumo dos estoques ou preferem guardar a entrega dos lotes negociados antecipadamente – inclusive, esse contexto limitou maiores avanços preços internos”, finaliza.

Preços do complexo soja seguem firmes

Um pouco na contramão no milho, os preços do complexo soja estão firmes no mercado brasileiro, destaca o Cepea-Esalq/USP. 

De acordo com pesquisadores do centro, a sustentação vem da maior demanda pelo grão e da valorização do dólar – o câmbio movimentou as negociações nos portos, acirrando a disputa entre consumidores domésticos e importadores. Além disso, a redução dos custos com frete elevou os valores no interior do País. 

Nesse cenário, os Indicadores Cepea/Esalq – Paranaguá (PR) e Cepea/Esalq – Paraná da soja em grão operam nas máximas do ano. 

Para os derivados, as negociações estão aquecidas, sobretudo as envolvendo o farelo para a exportação. “Atentos às recentes valorizações e temendo altas mais significativas, consumidores domésticos realizaram novas aquisições de farelo para completar os estoques”, termina.