Segundo o novo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços do milho seguem em queda no mercado doméstico, refletindo o avanço da colheita da segunda safra — que caminha para um volume recorde — e uma demanda externa enfraquecida.
Em seu 10º levantamento de safra, a Conab elevou novamente a estimativa de produção total de milho no Brasil. O ajuste positivo em julho, frente aos relatórios de junho de 2025 e julho de 2024, se deve ao bom desempenho esperado para as duas primeiras safras. A produção total foi estimada em 131,97 milhões de toneladas na safra 2024/25, crescimento de 14,3% na comparação anual e a maior colheita da história.
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No caso da soja, os preços recuaram no exterior diante das condições climáticas favoráveis às lavouras norte-americanas e dos elevados estoques no Brasil e na Argentina. O cenário baixista foi ampliado pelas tarifas recíprocas impostas pelos Estados Unidos a vários parceiros comerciais, incluindo o Brasil, com vigência a partir de 1º de agosto.
No entanto, o movimento de queda observado no mercado interno no início da semana passada perdeu força. De acordo com o Cepea, a valorização do dólar frente ao real e a tensão geopolítica tendem a redirecionar compradores da soja americana para o mercado brasileiro, oferecendo suporte às cotações locais.
