
As negociações envolvendo boi gordo estão um pouco mais aquecidas nesta semana e ocorrem a preços praticamente estáveis, aponta o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), em boletim publicado nesta sexta-feira (21).
Segundo o documento, a oferta teve certo aumento em algumas regiões, o que permitiu alongamento das escalas de abate, que ficaram entre 7 e 17 dias em várias praças.
Na parcial de novembro, em Sorriso (MT), Rondonópolis (MT), Rio Grande do Sul, Tocantins, Colíder (MT), Bauru (SP) e São José do Rio Preto (SP), a valorização da arroba bovina foi de apenas 1%.
Já no Noroeste do Paraná, Triângulo Mineiro, Norte de Minas e Oeste da Bahia, as altas nos preços foram um pouco maiores, entre 2 e 3%. No Norte de Goiás, Rio Verde (GO) e Goiânia, os preços avançaram cerca de 4%.
Por outro lado, quedas de 2% foram observadas no Mato Grosso do Sul e em Rondônia. No estado de São Paulo, os negócios têm ocorrido principalmente entre R$ 320 e R$ 325.
Mercado suinícola
A relação de troca de suíno vivo por farelo de soja atingiu em setembro o momento mais favorável ao suinocultor paulista em 20 anos, aponta levantamento do Cepea-Esalq/USP.
No entanto, desde outubro, o derivado de soja passou a registrar pequenos aumentos nos preços, contexto que tem desfavorecido o poder de compra do suinocultor. Assim, neste mês de novembro, a relação de troca de animal vivo por farelo já é a pior deste segundo semestre.
Cálculos do centro de pesquisas mostram que, com a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas (SP), o produtor pode adquirir hoje cerca de 5,13 quilos de farelo, contra 5,37 quilos em outubro e 5,57 quilos em setembro.
“Trata-se do menor poder de compra desde junho deste ano, quando era possível adquirir 5,02 quilos”, aponta o Cepea-Esalq/USP.