Preços no mercado

Óleo de soja se iguala ao farelo na margem da indústria

Paralelamente, preços do milho operam em alta impulsionados pela demanda aquecida na maioria das praças, mesmo com produção recorde no radar

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Óleo de soja se iguala ao farelo na margem da indústria

De acordo com o mais recente levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a margem de lucro da indústria de esmagamento de soja apresentou uma configuração histórica na última semana: o óleo de soja alcançou 49% de participação, praticamente igualando-se ao farelo de soja, que representou 51% da margem.

Esse equilíbrio é atípico. Em 2024, até agora, a média anual do farelo foi de 62,2%, contra 37,8% do óleo, com base nos preços praticados no estado de São Paulo.

Segundo os pesquisadores do Cepea, a mudança reflete o crescimento expressivo da demanda pelo óleo de soja brasileiro, especialmente pelo setor de biodiesel.

Milho: demanda interna firme impulsiona preços mesmo com alta na estimativa de produção

Enquanto isso, o mercado de milho também registrou valorização em várias praças acompanhadas pelo Cepea.

Apesar das projeções de aumento na produção da safra 2024/25, os preços têm se mantido firmes devido a dois fatores principais:

  • Demanda interna aquecida, com consumidores buscando recomposição de estoques;
  • Postura cautelosa dos vendedores, que têm limitado a oferta disponível no mercado spot.

Segundo o último relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado na semana passada, a produção de milho foi reestimada para cima, com um avanço de 2% em relação ao mês anterior e 21% acima da safra 2023/24, totalizando 139,69 milhões de toneladas.