Os preços do algodão em pluma no mercado doméstico brasileiro iniciaram o mês de dezembro com movimentos de oscilação, conforme apontam os levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP).
Segundo os pesquisadores, os momentos de baixa são influenciados, principalmente, pela necessidade de liquidez por parte de alguns vendedores, que buscam captar recursos ou encerrar lotes ainda disponíveis.
Já os movimentos de alta estão atrelados à postura firme de produtores capitalizados, especialmente daqueles que detêm lotes de maior qualidade.
Indústrias compram de forma pontual, de olho no recesso e na logística
No lado da demanda, as indústrias têxteis realizam compras pontuais neste início de mês, em preparação para o recesso de fim de ano.
Vale ressaltar que as preocupações logísticas com transporte e embarques também contribuem para a lentidão dos negócios no mercado spot, conforme análise do Cepea.
Mesmo com o ritmo mais contido, agentes do setor já têm se movimentado para programar aquisições para o primeiro semestre de 2026, enquanto mantêm o cumprimento dos contratos a termo firmados anteriormente.
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Exportações de algodão batem recorde em novembro e devem superar marca anual de 2024
No mercado externo, os embarques brasileiros de algodão em pluma seguem aquecidos. Em novembro de 2025, o Brasil exportou 402,5 mil toneladas, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) — o maior volume já registrado para o mês.
O número representa:
- Alta de 36,9% em relação a outubro/25
- Crescimento de 34,4% frente a novembro/24
Com esse desempenho, as exportações acumuladas em 2025 já totalizam 2,57 milhões de toneladas, colocando o país muito próximo de superar o recorde anual de 2,77 milhões de toneladas de 2024.
Se mantido o ritmo, o setor poderá alcançar novo patamar histórico, consolidando o Brasil entre os principais exportadores globais de algodão.
