Cotações

Preços do arroz sobem em julho, mas ainda acumulam expressiva perda no ano

Para o Cepea-Esalq/USP, esse cenário de cotações baixas desmotiva o orizicultor, que pode reduzir área de plantio do cereal na próxima safra

Cultivo sustentável de arroz é liderado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais
Foto: Assessoria de Comunicação/Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais

Os preços do arroz em casca negociados no Rio Grande do Sul seguem em alta neste final de julho, mostra levantamento semanal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), publicado nesta quinta-feira (31).

De acordo com o centro de pesquisas, as cotações vêm sendo sustentadas pela demanda firme e pela oferta restrita. “A maioria dos produtores continua negociando apenas volumes pontuais para cumprir obrigações financeiras, no aguardo de valores mais favoráveis”, explica. 

Além disso, acrescenta o Cepea-Esalq/USP, a perspectiva de exportações mais elevadas contribuiu para sustentar as cotações no mercado interno

Todavia, apesar da valorização do arroz em casca ao longo de julho, os preços acumulam uma expressiva queda — de cerca de 30% — no ano. “Esse cenário compromete a rentabilidade da atividade e coloca em risco o planejamento da próxima safra, desmotivando o orizicultor, que agora pretende reduzir a área de plantio”, projeta.