A média do Indicador do arroz em casca Cepea/Irga-RS (58% de grãos inteiros, pagamento à vista) encerrou a primeira semana de setembro em R$ 66,52/sc, o menor patamar desde janeiro de 2022, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI).
O novo boletim semanal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), publicado nesta quinta-feira (11), explica que, apesar do bom desempenho das exportações – em agosto, o volume embarcado foi o maior em quase dois anos –, o recorde de produção da safra 2024/25 mantém elevado o excedente interno.
Esse cenário, reforçado pela estabilidade do consumo e pela menor competitividade do cereal no mercado externo, vem pressionando as cotações. Quanto à comercialização do arroz beneficiado, esta segue restrita, limitando a valorização da commodity.
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“Muitas indústrias têm priorizado grãos já depositados em unidades de beneficiamento, evitando compras externas. Do lado da oferta, alguns produtores mantêm estoques na expectativa de preços melhores, enquanto outros mostram maior interesse em negociar”, explica o Cepea-Esalq/USP.
Ainda assim, nem a proximidade do período de preparo do solo para a nova safra, nem a necessidade de aquisição de insumos têm levado orizicultores a acelerar vendas.
