Os preços da carne de frango iniciaram julho em queda em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP).
Segundo boletim semanal publicado hoje (11) pelo centro de pesquisas, a pressão vem da oferta acima da demanda, ainda reflexo das restrições às exportações brasileiras impostas por alguns países após a confirmação do caso de influenza aviária em uma granja comercial no município de Montenegro (RS), no dia 15 de maio.
“Apesar de importantes parceiros comerciais já virem retomando gradualmente as compras da carne de frango brasileira, o mercado doméstico ainda não conseguiu equilibrar a disponibilidade à procura”, explica o Cepea-Esalq/USP.
Na atualização mais recente do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publica nesta semana, África do Sul e Singapura retiraram as restrições de exportação à carne de frango brasileira. Com isso, a situação atual das restrições das exportações brasileiras de carne de aves é a seguinte:
- Sem restrição de exportação: África do Sul, Argélia, Argentina, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, Cuba, Egito, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Índia, Iraque, Lesoto, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Mianmar, Montenegro, Paraguai, República Dominicana, Singapura, Sri Lanka, Uruguai, Vanuatu e Vietnã.
- Suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil: Albânia, Canadá, Chile, China, Macedônia do Norte, Malásia, Paquistão, Peru, Timor-Leste, União Europeia.
- Suspensão restrita ao estado do Rio Grande do Sul: Angola, Arábia Saudita, Armênia, Bahrein, Bielorrússia, Cazaquistão, Coreia do Sul, Kuwait, México, Namíbia, Omã, Quirguistão, Reino Unido, Rússia, Tajiquistão, Turquia e Ucrânia.
- Suspensão limitada ao município de Montenegro (RS): Catar e Jordânia.
- Suspensão limitada aos municípios de Montenegro, Campinápolis e Santo Antônio da Barra: Japão.
- Suspensão limitada à zona: Hong Kong, Maurício, Nova Caledônia, São Cristóvão e Nevis, Suriname e Uzbequistão.
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Exportações recordes não freiam queda nos preços dos ovos
As exportações brasileiras de ovos, incluindo produtos in natura e processados, registraram o melhor desempenho para um primeiro semestre desde o início da série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), iniciada em 1997, destaca o boletim semanal do Cepea-Esalq/USP.
Segundo números analisados por pesquisadores do centro, entre janeiro e junho deste ano, o volume embarcado cresceu expressivos 192% em relação ao mesmo período de 2024, somando 24,9 mil toneladas.
A receita obtida com as vendas também foi recorde, de US$ 57,8 milhões nos seis primeiros meses de 2025, montante 216% superior ao obtido em igual intervalo do ano passado.
No mercado doméstico, levantamentos do Cepea-Esalq/USP mostram que os preços dos ovos vêm caindo na maioria das regiões acompanhadas. “Apesar do leve aumento na liquidez nesta primeira quinzena, a pressão por descontos nas negociações se intensificou”, explica.
Colaboradores do centro de pesquisa estão atentos ao comportamento das vendas neste mês, já que, com o período de férias escolares, parte da produção acaba sendo direcionada ao consumo doméstico, o que pode pressionar ainda mais os valores.
