Cotações

Preços do milho seguem em baixa na maioria das regiões brasileiras

No entanto, atraso na colheita do milho de inverno limita movimentos mais agudos de queda

Cotação de milho
Fotos: Tony Oliveira/Canal do Produtor - CNA

O atraso na colheita da segunda safra de milho vem limitando o movimento de queda nos preços do cereal em algumas praças, destaca o novo boletim semanal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – CEPEA Esalq/USP, publicado nesta segunda-feira (30).

De acordo com o centro de pesquisas, as cotações seguem pressionadas pela perspectiva de oferta elevada e pelas desvalorizações externas.

“Em regiões consumidoras, como as paulistas, porém, os valores chegaram a reagir, influenciados pela demanda acima da oferta de milho padronizado”, afirma o Cepea, ressaltando que as recentes chuvas têm limitado a disponibilidade desse tipo de cereal.

Até o dia 21 de junho, a colheita da safrinha somava 10,3% da área nacional, avanço semanal de 6,4 p.p., mas bem abaixo dos 28% no mesmo período do ano passado e dos 17,5% da média dos últimos cinco anos, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Preços do óleo de soja reagem

Após recuarem por quase dois meses, os preços do óleo de soja voltaram a subir no Brasil, impulsionados pelas expectativas de maior demanda para biodiesel no mercado nacional destaca o Cepea-Esalq/USP.

Também repercutiu o otimismo na comercialização do óleo de soja no Brasil, após a recente decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de aumentar a mistura obrigatória do biodiesel ao óleo diesel, que passa dos atuais B14 (14%) para B15 (15%), entre agosto deste ano e fevereiro de 2026.

A partir de março de 2026, a mistura pode aumentar para B16 (16%).

“O crescimento na mistura do biodiesel ao diesel era esperado para março deste ano e a não efetivação desta mudança no primeiro trimestre foi o principal fator do enfraquecimento nos valores internos do óleo naquele período”, conclui o Cepea.