Mercado sucroenergético

Preços do etanol anidro e hidratado caíram na última semana

Por outro lado, cotações do açúcar apresentaram recuperação, mesmo diante do significativo avanço na produção no estado de São Paulo

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Imagem ilustra como um fungo avança como uma das opções sustentáveis para controle da broca-da-cana
Foto: Abhishek Shintr/Unsplash

Na última semana, os preços do etanol hidratado e anidro caíram no mercado paulista, aponta o novo boletim semanal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), publicado nesta terça-feira (23).

 Entre os dias 15 e 19 de setembro, o Indicador Cepea/Esalq do hidratado fechou em R$ 2,7471/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), baixa de 1,23% sobre o período anterior — essa foi a segunda semana seguida de queda para este biocombustível.

No caso do anidro, que vinha se sustentando nas últimas semanas, o Indicador Cepea/Esalq recuou 1,8%, a R$ 3,2155/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins).

“De modo geral, o interesse de demandantes de pequeno a grande porte foi pontual, e vendedores estiveram mais “flexíveis” nos valores, contexto que resultou em quedas nos preços de ambos os etanóis”, explica o Cepea-Esalq/USP.

“Agentes de algumas usinas que, até então, seguiam com postura firme também acabaram ajustando para baixo os valores negociados”, completa.

Preços do açúcar em recuperação

Na contramão das cotações do etanol, os preços médios do açúcar cristal negociado no mercado spot de São Paulo registraram forte recuperação nos últimos dias.

Na sexta-feira (19), o Indicador Cepea/Esalq, cor Icumsa de 130 a 180, atingiu R$ 120,45/saca de 50 kg, o maior patamar em quase um mês e alta de 2,75% em relação ao da sexta-feira anterior.

Segundo o centro de pesquisas, a entrega de açúcar para atender aos contratos internos e de exportação mantém baixa a disponibilidade do produto no spot, dando suporte para o aumento dos preços para o cristal na pronta-entrega.

Pesquisadores ressaltam que a valorização ocorre mesmo diante do significativo avanço na produção de açúcar no estado de São Paulo — o longo período de estiagem favoreceu a colheita ininterrupta de cana.

De acordo com dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), na segunda quinzena de agosto, as usinas paulistas produziram 2,521 milhões de toneladas do adoçante, 21,32% a mais que em intervalo equivalente de 2024.

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