Após subir por sete semanas consecutivas, os preços do etanol hidratado perderam força e encerraram a última semana com ligeira queda em São Paulo, destaca o novo boletim semanal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), publicado nesta terça-feira (16).
Entre os dias 8 e 12 de setembro, o Indicador Cepea/Esalq do hidratado teve média de R$ 2,7813/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), leve desvalorização de 0,06% frente à semana anterior.
Segundo o centro de pesquisas, a pressão sobre as cotações do biocombustível veio sobretudo da demanda reduzida.
“Além disso, distribuidoras realizaram pequenas aquisições fora do mercado paulista”, completa o Cepea-Esalq/USP. “O volume de hidratado captado no spot ao longo da última semana foi o menor da safra 2025/26 até aqui. No comparativo anual, a quantidade negociada caiu pela metade (redução de 48,4%)”, detalha.
Do lado vendedor, aponta o boletim semanal, a participação foi bastante tímida, com vendas pontuais.
Já no caso do etanol anidro, os preços seguem firmes, mas o volume comercializado também foi restrito. O Indicador Cepea/Esalq fechou a R$ 3,2746/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins), elevação de 2,85%.
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Quanto às exportações, em agosto, o volume total de etanol embarcado pelo Brasil somou 178,6 milhões de litros, 2,74% a mais do que o registrado no mês anterior e se caracterizando como um recorde, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e analisados pelo Cepea-Esalq/USP.
Preços do açúcar seguem estáveis
Os preços do açúcar cristal branco seguiram praticamente estáveis no mercado spot de São Paulo na semana passada, aponta o levantamento do Cepea-Esalq/USP.
Entre 8 e 12 de setembro, a média do Indicador Cepea/Esalq (Icumsa de 130 a 180) foi de R$ 118,79/saca de 50 quilos, leve alta de 0,22% frente à do período anterior.
Já no cenário internacional, os valores do demerara recuaram, pressionados pelas projeções de boa safra na Ásia, especialmente na Índia e na Tailândia, além da produção volumosa no Centro-Sul brasileiro, favorecida pelo tempo seco.
Segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única) analisados pelo Cepea-Esalq/USP, na primeira quinzena de agosto, o estado de São Paulo produziu 2,368 milhões de toneladas de açúcar, alta de 20,46% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.
O mix de produção nas usinas paulistas destinou 61,64% da matéria-prima à fabricação do adoçante, também conforme números da Unica.
