Foto: Renata Silva/Embrapa
Foto: Renata Silva/Embrapa

Os preços do milho seguem avançando no Brasil, aponta o novo boletim semanal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea- Esalq/USP), publicado nesta segunda-feira (3).

Segundo o centro de pesquisas, o suporte vem da retração de vendedores, que estão focados nas atividades de campo e no desenvolvimento das lavouras, além da paridade de exportação elevada.

“Muitos produtores, atentos à maior presença de compradores no mercado na última semana, se afastaram das negociações, à espera de novas valorizações do cereal”, explica o Cepea-Esalq/USP. “De modo geral, vendedores ofertam novos lotes apenas quando há necessidade de fazer caixa no curto prazo ou de liberar parte dos armazéns”, completa.

De acordo com o centro de pesquisas, as altas de preços só não foram mais intensas porque parte dos consumidores utiliza estoques em detrimento de realizar novas aquisições.

Preços da soja também seguem firmes no Brasil

A sinalização de retomada parcial das compras de soja dos Estados Unidos pela China na semana passada pressionou os prêmios de exportação no Brasil, aponta levantamento do Cepea-Esalq/USP, também publicado nesta segunda-feira.

Segundo o centro de pesquisas, os contratos para embarque em 2026 retornaram a patamares negativos, movimento que não era observado desde julho deste ano. No entanto, apesar desse movimento nos prêmios, as cotações da oleaginosa no mercado físico se mantiveram firmes ao longo da última semana.

Vendedores brasileiros mostraram preferência por negociar novos lotes com entrega imediata (spot) e pagamento longo, no intuito de garantir os atuais patamares de preço”, explica o Cepea-Esalq/USP.

Quanto à safra 2025/26, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta uma colheita recorde de 177,6 milhões de toneladas. Nesta estimativa, o órgão já prevê uma menor produtividade no Centro-Oeste do País, devido aos possíveis impactos do fenômeno La Niña.

“Ao mesmo tempo, bons volumes de chuva nos últimos dias trouxeram alívio e otimismo ao setor”, ressalta o centro de pesquisas.