Cotações

Produção elevada no Brasil e no mundo mantém pressão sobre as cotações do milho, aponta o Cepea

No caso da soja, aumento da oferta derruba os valores internos da oleaginosa

A imagem representa como as boas condições climáticas nas regiões produtoras da segunda safra de milho reforçam as expectativas de elevada produtividade
Foto: Alejandro Barrón/Pexels

Segundo o boletim mais recente do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), os preços do milho seguem pressionados no Brasil e no mercado internacional devido ao aumento expressivo da produção. No mercado interno, o Indicador Cepea de Campinas (SP) opera atualmente no menor patamar nominal desde janeiro.

As boas condições climáticas nas principais regiões produtoras da segunda safra brasileira reforçam as expectativas de elevada produtividade. Nos Estados Unidos, o ritmo acelerado da semeadura e o clima favorável também impulsionam as perspectivas para a safra 2024/25.

Diante desse cenário, muitos consumidores domésticos optam por adotar uma postura cautelosa, aguardando novas desvalorizações das cotações do milho para recompor estoques. Por outro lado, vendedores têm buscado negociar os volumes remanescentes da temporada 2023/24 e da safra verão 2024/25.

Preços da soja também operam em queda

O mercado da soja também sente os efeitos da maior oferta interna. A retração nos preços é explicada pela produtividade satisfatória da atual safra, o que ampliou a disponibilidade da oleaginosa no Brasil.

Além disso, o Cepea destaca que uma possível trégua comercial entre os Estados Unidos e a China pode limitar o crescimento das exportações brasileiras de soja, reduzindo ainda mais o suporte aos preços internos.