Preços

Soja em grão mantém valorização, enquanto derivados recuam com demanda fraca

Preços da oleaginosa seguem firmes no mercado brasileiro, sustentados por demanda externa aquecida

Foto: Melquizedeque Almeida/Pexels
Foto: Melquizedeque Almeida/Pexels

De acordo com o boletim de preços do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) desta segunda-feira (16), os preços da soja em grão seguem firmes no mercado brasileiro, sustentados por uma demanda externa aquecida, mesmo diante da ampla oferta interna.

Em contrapartida, os derivados da oleaginosa farelo e óleo de soja — enfrentam queda nas cotações, impactados principalmente pela fraca demanda doméstica, sobretudo por parte do setor de biodiesel. Em relação ao farelo, 16 das 32 praças acompanhadas pelo Cepea registram atualmente os menores preços reais desde setembro de 2017.

Na semana passada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou para cima sua estimativa de produção da safra 2024/25 de soja, agora projetada em 169,6 milhões de toneladas — alta de 0,75% em relação à previsão de maio, consolidando um novo recorde. O volume é semelhante ao projetado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que indicou 169 milhões de toneladas para o Brasil.

Milho recua com avanço da colheita da segunda safra

Já no mercado de milho, os preços seguem em queda, pressionados pelo avanço da colheita da safrinha e pelas boas condições climáticas registradas nas principais regiões produtoras. A expectativa de oferta abundante reforça a tendência de baixa.

Segundo a Conab, a produção total de milho no ciclo 2024/25 foi ajustada para 128,25 milhões de toneladas, um acréscimo de 1,37 milhão de toneladas em relação à estimativa anterior. Para a segunda safra, a projeção subiu para 101 milhões de toneladas, ante 99,8 milhões em maio — volume 12% superior ao registrado no ciclo anterior, consolidando-se como a segunda maior safra da série histórica da Conab.