Preços

Soja: negociações estão aquecidas neste começo de agosto

Cenário se deve à elevada procura internacional pela oleaginosa e à maior necessidade de compra pelas indústrias esmagadoras nacionais

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) divulgou, ontem (17), as projeções para o Complexo da Soja em 2025.
Foto: Divulgação

As negociações envolvendo a soja e seus derivados estão mais aquecidas no Brasil neste começo de agosto, destaca o novo boletim semanal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), publicado nesta segunda-feira (11).

Segundo pesquisadores do centro, esse cenário se deve à demanda internacional aquecida, sobretudo por parte da China, e à maior necessidade de indústrias esmagadoras nacionais. 

Em julho, as exportações brasileiras de soja em grão atingiram recorde para o mês, somando 12,25 milhões de toneladas, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e analisados pelo Cepea-Esalq/USP.

Na parcial deste ano – de janeiro a julho –, os embarques também estão nas máximas históricas, totalizando 77,2 milhões de toneladas da oleaginosa. 

“Apesar da aquecida demanda, a significativa desvalorização do dólar frente ao Real impediu fortes avanços nos preços domésticos”, ressalta o centro de pesquisas.

Preços do milho em queda

Os preços do milho seguem em queda no mercado brasileiro, aponta levantamento do Cepea-Esalq/USP.

“Além da produção recorde da segunda safra brasileira, o baixo ritmo das exportações e a retração de compradores domésticos mantêm as cotações do cereal pressionadas”, explica. 

Apesar da ocorrência de geadas e/ou pragas em partes das regiões produtoras, pesquisadores explicam que, até o momento, as expectativas são de produção interna elevada, devido ao aumento da área e à melhora na produtividade

Atentos à intensificação da colheita, consumidores brasileiros aguardam novas desvalorizações e, com isso, priorizam o recebimento dos lotes negociados antecipadamente.