O avanço da colheita mantém os preços do trigo em queda na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), sobretudo nas do Rio Grande do Sul.
No Paraná, especificamente, o clima atrapalhou as atividades de campo, dando certo suporte aos valores na primeira semana de novembro.
De acordo com o novo boletim semanal do centro de pesquisas, publicado nesta terça-feira (11), os valores pagos aos produtores de trigo estão bem abaixo do preço mínimo da política de garantia do governo, o que abre espaço para a intervenção federal, visando apoiar a comercialização e assegurar a remuneração mínima aos agricultores.
O valor mínimo estipulado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de R$ 78,51/saca de 60 kg. Dados do Cepea-Esalq/USP mostram que o preço do trigo no mercado de balcão (valor pago ao produtor) fechou a última sexta-feira (7) em R$ 57,52/sc de 60 kg na região de Passo Fundo (RS) e em R$ 63,95/sc de 60 kg no Oeste do Paraná, valores 27% e 19% inferiores, respectivamente, ao preço mínimo da Conab.
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Colheita do trigo avança no RS
A colheita de trigo no Rio Grande do Sul alcançou 42% da área cultivada, após avançar 15 pontos percentuais em uma semana, mostra o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na última quinta-feira (6).
Além disso, 36% das lavouras se apresentam em fase de maturlação; 20% em enchimento de grãos; e 2% em floração.
Segundo a Emater/RS-Ascar, apesar dos avanços dos trabalhos de campo, o atual ritmo de colheita se encontra bem abaixo da média das últimas cinco safras (64%) para o mesmo período.
“Essa diferença reflete a maturação mais lenta das lavouras, influenciada pela alternância de períodos chuvosos e temperaturas amenas ao longo de setembro e outubro, que estenderam as fases vegetativa e de formação de grãos”, explica a Emater.
