Crescimento

Café e carnes impulsionam exportações do agro mineiro, que somam US$ 9,8 bilhões no semestre

Minas amplia participação no agro brasileiro com vendas a 169 países e crescimento no valor exportado

Imagem ilustra a colheita de café conilon no Espírito Santo
Foto: 1500m Coffee/Pexels

Minas Gerais acaba de se consolidar como o terceiro maior exportador do agronegócio brasileiro. Apenas no primeiro semestre de 2025, o estado exportou US$ 9,8 bilhões em produtos do setor, o que representa um aumento de 18% em relação ao mesmo período de 2024.

O dado foi divulgado nesta semana pelo Governo do Estado, que também destacou que o volume total embarcado chegou a 8,5 milhões de toneladas, queda de 9% na comparação com os seis primeiros meses do ano anterior. Mesmo com a redução no volume, o avanço na receita foi impulsionado principalmente pela valorização de produtos-chave.

Mais de 560 produtos agropecuários mineiros foram enviados a 169 países. A China se manteve como principal destino (25,4%), seguida por Estados Unidos (12%), Alemanha (8,1%), Itália (5,5%) e Japão (4,6%).

O carro-chefe das exportações continua sendo o café, que respondeu por mais de 56% da receita do agro mineiro, totalizando US$ 5,5 bilhões e um crescimento expressivo de 61% em relação ao ano passado. Minas Gerais é o maior produtor nacional do grão, responsável por mais de 50% da safra brasileira.

O setor de carnes (bovina, suína e de frango) também teve desempenho positivo. A receita totalizou US$ 831,6 milhões, com alta de 16,8% na comparação anual. O volume exportado foi de 238,6 mil toneladas, o que representa aumento de 4,5%. A carne bovina foi o principal destaque do segmento.

Na cadeia sucroenergética, a produção de açúcar e etanol resultou em exportações de 1,6 milhão de toneladas, com receita de US$ 714,4 milhões. Já as exportações de produtos florestais, como celulose e madeira, somaram US$ 528 milhões, registrando queda de 9% em valor e total embarcado de 848 mil toneladas.

Por fim, o complexo soja (grãos, farelo e óleo) gerou receita de US$ 1,91 bilhão, com embarques de 4,8 milhões de toneladas. No entanto, o segmento apresentou queda de 16,4% na receita e 7,5% no volume exportado, reflexo de um mercado externo mais volátil e da concorrência com outros países produtores.