Fonte: CNA (Wenderson Araujo/Trilux)
Fonte: CNA (Wenderson Araujo/Trilux)

A obrigatoriedade do georreferenciamento de imóveis rurais, ferramenta essencial para a segurança fundiária e regularização de terras no Brasil, pode ser adiada por meio do Projeto de Lei 1294/2025, apresentado pela deputada Daniela Reinehr (PL-SC), da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

O objetivo da proposta é ajustar prazos e permitir que produtores rurais cumpram a exigência legal sem comprometer suas atividades econômicas ou enfrentar entraves técnicos e financeiros.

“A implementação tem enfrentado desafios como a falta de profissionais qualificados, custos elevados e dificuldades técnicas em algumas regiões”, destacou Daniela Reinehr.

Sobre o PL 1294/2025

O georreferenciamento foi instituído há mais de duas décadas como requisito para regularizar a posse e garantir a legalidade de imóveis rurais.

No entanto, segundo o relator da matéria, deputado Thiago Flores (Republicanos-RO), a medida ainda encontra obstáculos operacionais e econômicos que comprometem seu avanço:

“A proposta visa estabelecer um novo marco temporal e garantir mais segurança jurídica ao processo”, afirma Flores.

Entre os principais problemas apontados estão:

  • Falta de profissionais capacitados em algumas regiões;
  • Alto custo para pequenos e médios produtores rurais;
  • Dificuldades técnicas em áreas de difícil acesso;
  • Burocracia e demora na análise por parte dos órgãos fundiários.

Papel do INCRA e impacto para produtores

A prorrogação do prazo permitirá que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e demais órgãos competentes implementem soluções técnicas e operacionais para acelerar o processo, sem prejudicar os produtores rurais.

A expectativa é que a medida:

  • Reduza a insegurança jurídica no campo;
  • Facilite a obtenção de crédito rural e financiamentos;
  • Evite entraves em negociações de compra, venda ou partilha de imóveis;
  • Amplie a regularização fundiária de forma sustentável e escalonada.